Em 20 de outubro de 2011, o Blog Parabólicas Hawaiianas, em parceria com a Revista Alternativa, e com o Rock Anos 80, organizou uma entrevista com o músico e escritor: Humberto Gessinger .
E sim, fãs de fé participaram da entrevista, enviando perguntas à nós, pelo twitter. As perguntas foram selecionadas pela moderação do BPH.
Confira a entrevista:
1- Blog
Parabólicas Hawaiianas: Quais os planos para um songbook? É intenção sua que
seus fãs interpretem suas músicas? (@Uevertom)
Humberto
Gessinger: Acho que eu havia mencionado a vontade rearranjar e regravar, aos
poucos, todo material. Solo, algo que funcionasse como um songbook. Não tinha
bem claro qual suporte seria o ideal. Mas aí pintaram as twitcams que estão
cumprindo um pouco deste objetivo.
2- BPH:
HG, se você iniciasse a produção de um disco hoje, tanto pelo Pouca Vogal,
EngHaw ou até para um novo projeto. Quais ideias estão "borbulhando"
na sua cabeça pra um conceito de álbum? (@m_dalboni)
HG: Com o Pouca Vogal eu gravaria o mínimo de
material novo. Acho que tocar músicas já conhecidas evidencia o que o projeto
tem de mais peculiar, o formato power-duo. Com EngHaw eu gostaria de voltar com
material inédito, o terceiro gerúndio.
3- BPH:
HG, depois de tantas “sonoridades” ao longo da carreira, como você formata
musicalmente a volta dos Enghaw? (@wanderpoa)
HG: Ainda não tenho definido isso. Gostaria de
tocar baixo e guitarra. E gostaria de trabalhar com uma banda pequena. EngHaw apesar
de ter tido grandes sucessos, na minha mente sempre foi uma banda alternativa,
difícil de enquadrar. Olho o que as grandes bandas estão fazendo hoje em dia e
não sinto a menor vontade de estar naquele circuito. O ambiente ficou muito
pouco criativo. Que fique claro que não me refiro às bandas, e sim ao ambiente
todo. Isso também inclui quem ouve e os canais por onde a música passa.
4- BPH:
Depois de tantos anos com os Engenheiros e com tantas mudanças, você nunca
pensou em virar artista solo? (@PoserDosBeatles)
HG: Não. Me acusam de ser centralizador, mas
sempre gostei do ambiente de banda. Saber com quem eu vou cair na estrada até me
ajuda a compor. Muito do material que escrevi para a formação GLM ou a dos
gerúndio era pensando na sonoridade específica daquela formação. Neste sentido
sou muito mais banda, apesar das várias formações, do que bandas que nunca
mudaram a fotografia.
5- BPH:
Entrevistas anteriores, você comentava que não era tão ligado a tecnologia.
Hoje, você mantem ''uma ligação mega tecnológica'' com os fãs, usando o blog +
twitter. Para você, como é lidar com esses ''meios-de-comunicação'' envolvendo
essa modernidade? (@EllenRodrigues_)
HG: Ah, mas eu vejo as coisas como ferramentas.
Não sou daqueles que fazem uma música só porque baixaram um novo software.
Tecnologia é boa quando fica invisível. Quando faço a twitcam eu penso em quem
tá do outro lado, não fico pensando na marca do computador ou na velocidade da
conexão. O blog, para mim, é um bilhete dentro de uma garrafa jogada ao mar.
6- BPH:
Em 1997, você disse que queria tocar por mais 15 anos apenas. Esse
"prazo" vence em 2012. Ainda pensa assim? (@paula_marcuzzo_)
HG: Se viver fosse viver sem você (a música), que
bom seria. Mas não dá mais pra viver sem você (a música) nem +1 dia.
7- BPH:
HG, na gravação do Filmes de Guerra, Canções de Amor, tem um trecho que você
diz: ''aí eu viro um doce''. Sem ser indelicada, quando é que você vira um
doce? (@bella_miliani)
HG: Quando há silêncio e tempo em minha volta.
8- BPH:
Qual é o motivo dos Engenheiros terem sido tão criticados pela mídia e tão
amados pelos fãs? (@CHROMADO)
HG: Teria que perguntar para eles. Eu realmente
não entendo tanto amor e tanto ódio.
9- BPH:
Humberto, esse ano completa 15 anos sem o Renato Russo, um grande ícone do rock
nacional. Gostaria de saber qual era a sua ligação com o Renato? Afinal, você
já participou de um Atributo homenageando a Legião Urbana. (@thaispenaa)
HG: Encontrei com ele só um par de vezes. Ele
sempre foi muito legal comigo. Eu ainda morava em POA... ele me deu endereço,
disse para eu procurar ele no Rio... Mas o principal diálogo foi entre as
carreiras das bandas, eu acho.
10- BPH: Na carreira
dos EngHaw, qual foi a melhor experiência que teve em alguma turnê/gravação de
disco? (@Luana_EngHaw)
HG: Ah, foram muitas experiências... mas se eu
tivesse que escolher um único canal de expressão, eu escolheria as twitcams.
* Nota de Rodapé:
Essa entrevista com o Humberto Gessinger, foi parar na Edição:47 (Fair Play: janeiro/2012) da Revista Alternativa.
Garanta já o seu exemplar: http://www.revistaalternativa.com.br/
Blog Parabólicas Hawaiianas no twitter: @BPH_EngHaw
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