terça-feira

Diário de Fã Várias Variáveis - Raphael Prado


A bola da vez em mais uma história é o Raphael Prado (Twitter: @rcp_rapha) de São Paulo/SP. Ele nos conta com detalhes como conheceu o disco "Várias Variáveis". 

"Em 1991 quando o disco foi lançado eu era apenas uma criança com 9 anos de idade, confesso que não me lembro muito desse ano em específico, lembro mais de 1990 com os mega-hits de “O Papa É Pop” e “Era um garoto…” tanto que na minha linha cronológica Enghaw passou de 1990 direto para 1992 quando estourou outro hit; “Parabólica”.

O Várias pintou pra mim muito por caso, foi em 1995 (bem na época do lançamento do Simples de Coração), eu tinha 13 anos e morava numa cidade do interior aqui de São Paulo (Itatiba), e era aquela coisa né, tempos sem internet (sim, houve um tempo que a internet não tinha esse acesso fácil como nos dias de hoje) onde a informação demorava séculos pra chegar aos nossos olhos e ouvidos, com isso eu me informava sobre as bandas e músicas que eu gostava passando as tardes em casa (estudava de manhã), vendo MTV e ouvindo rádio.

Numa dessas tardes, eu estava girando o dial do meu 3 em 1 procurando alguma música legal, quando resolvi colocar na rádio que era da cidade (nem sei se ainda existe a 98FM), e me lembro que assim que terminou a música do Scatman John, “Scatman” (que tocava mais que esses sertanejos que tocam hoje em dia), o locutor da rádio entrou no ar dizendo; “e agora pra fechar o bloco vamos com Engenheiros do Hawaii com a música Piano Bar”, confesso que fiquei surpreso, pois na época a música de trabalho era “A Promessa” carro-chefe do disco recém-lançado e ai me pintou a dúvida: será que já é outra música nova?

Ouvi e gravei numa fitinha k7 essa “desconhecida” Piano Bar, voltava a fita e ouvia de novo e assim foi por alguns dias. Fui ao shopping e na única loja que vendiam CDs perguntei se tinha o novo disco dos Engenheiros, ai o vendedor me mostrou o “Simples de Coração”, peguei o CD olhei no verso li os nomes das músicas e logo percebi que Piano Bar não era do disco novo, comprei o disco normalmente, mas ali começava minha busca pelo CD de “Piano Bar”.

Uma amiga da minha mãe nos chamou pra dar uma volta no shopping de Jundiaí (cidade vizinha da cidade onde eu morava), e lá fomos nós então. Entrei na loja de CDs indo direto para a prateleira com CDs dos artistas/ bandas nacionais procurar o disco com a tal Piano Bar, e não mais que de repente eu vejo um CD de capa verde (argh!) cheio de logotipos e com uma cobra/ engrenagem muito curiosa (até então), peguei o disco, olhei seu verso e comecei a ler o nomes das músicas, e na faixa 4 está lá, Piano Bar, mais do que depressa comprei o CD, fui encontrar minha mãe lá praça de alimentação, devorei o lanche querendo chegar logo em casa pra ouvir o disco.

Enquanto voltava pra casa, ainda no carro, abri o CD e comecei a ler todo o encarte, ficha técnica e tudo e pra minha surpresa vejo que o disco foi gravado em 1991 e fiquei com aquela de espanto do tipo “onde eu estava em 1991? porque não me recordo de nenhum desses nomes de músicas? será que já ouvi essas canções e não me lembro?”.

Cheguei em casa corri pra sala, conectei o fone de ouvidos no meu CCE 3×1, coloquei o CD e antes de apertar o play e deixar o CD rolar, eu executei a função intro (rolava só os 10 primeiros segundos de cada faixa), só pra deixar mais aguçada a curiosidade pelo CD todo. Terminada a execução do intro apertei o play, abri o encarte e devorei o CD do começo ao fim ouvindo o mesmo por duas vezes seguidas, e rolou aquela estranha e boa sensação de serem músicas “inéditas”, pois só tinha ouvido uma das quatorze faixas do disco eu fui descobrindo um CD totalmente novo, com tipo de som diferente do que eu imaginava, faixas ligadas umas as outras, uma curiosa faixa-título que a reproduz uma procura desesperada de músicas pelo dial do rádio e que acaba fazendo uma ponte entre lados “A” e “B” do disco, enfim tudo novo no front.

O Várias Variáveis com certeza foi o disco enghaw que eu digeri com maior vontade e rapidez, e com a mesma velocidade ele se tornou meu disco de cabeceira. Posso passar algum tempo “de mal” do HG (sim, coisa de fã que reclama das músicas, da tour, da cor da capa do cd (sim, verde num da!), do formato, dos acústicos, da ausência do baixo, do Bernardo Fonseca ou reclamar por chatice mesmo), mas sempre que volto, o disco que salta da estante é o Varias.

Infelizmente não tive a chance ver nenhum show da turnê desse disco, então me contento em amanhã ver o disco sendo tocado na integra via twitcam.

“…a gente vive assim acabando o que não tem fim!”"

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